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Perfil dos Chilenos


Como são os Chilenos:
Segundo dados do Banco Mundial, a população chilena é de 16.970.265 pessoas distribuídas num território que em setembro de 2010, fez 200 anos de independência.
Os chilenos do século XXI são produto da mistura dos conquistadores espanhóis com os povos originários que historicamente habitavam esta zona do continente. O 93,4% da população é mestiça e/ou crioula, enquanto o 6,6% declara-se membro de algum povo originário.

Os chilenos provêm principalmente da antiga imigração espanhola e das imigrações européias acontecidas desde o século XVIII até o século XX, em conjunto com os povos mapuches e aymaras que foram os principais habitantes da geografia nacional.
Distribuídos maiormente na zona central do país -Santiago, Concepción, Temuco, Valparaíso e Viña Del Mar como principais cidades- os habitantes do Chile trabalham principalmente na produção de matérias primas em áreas como a mineração, a agricultura, a agroindústria e a pesca. Outro setor econômico importante é o turismo, que cresceu de forma contínua desde a volta da democracia. O Chile tem um PIB (produto interno bruto) de US$14.992 per cápita.

O Chile tem um governo democrático, com eleições periódicas que cada quatro anos escolhem um novo Presidente, principal figura do poder Executivo, e a senadores e deputados, integrantes do Congresso Nacional ou poder Legislativo. Desde 1989, o processo democrático foi recuperado depois de 17 anos de governo militar, reativando assim uma tradição republicana que tem permanecido quase inalterada durante 200 anos.

Os chilenos possuem um nível de escolaridade médio de 10 anos e a taxa de analfabetismo é uma das menores do continente, com um 3,9% da população que não sabe ler e/ou escrever. Em contraste com isso, o Chile tem dois Prêmios Nobel de Literatura: Gabriela Mistral e Pablo Neruda. Sobre a saúde, a esperança de vida dos chilenos chega aos 79 anos, com baixas taxas de mortandade infantil (7,9%) e desnutrição.
Isso é o que tem a ver com os números. A identidade do chileno é algo que tem que ser descoberto e experimentado pelos viajantes. Existem claras diferenças entre os moradores das grandes cidades, que estão sempre correndo, e os moradores dos povoados dos vales, da costa e das montanhas, que vivem um ritmo mais tranqüilo, em lugares onde o tempo parece mais lento.
Basicamente, e de forma geral, as pessoas no Chile são amáveis, abertas aos visitantes estrangeiros -apesar de que somente 8% da população falam inglês com relativa fluência- e com fortes raízes de identidade no campo chileno. A principal figura é o "huaso": camponês local que se caracteriza por sua simpatia e engenho.

O chileno se caracteriza por falar o espanhol muito rápido e pronunciando pouco ou quase nada as letras finais, como o “s”, e incluindo uma série de modismos e palavras inventadas que sempre renova e que incluem uma forte dose de humor e picardia. O viajante pode ficar um pouco confundido com esta forma de falar, mas os chilenos vão estar encantados de ensinar o significado e o uso das palavras.
As características físicas mais distintivas são a cor morena ou mate da pele, uma altura mediana (1,60 m mulheres-1,70 m homens), cabelo preto e contextura mediana a grossa.

Língua
A língua oficial do Chile é o espanhol. Porém, existe uma variação idiomática que “chileniza” o espanhol, incluindo novas palavras e acepções. No Chile também se fala mapudungún, o idioma dos mapuches; aymara, na região andina do norte do país; e rapanui na polinésia Ilha de Páscoa.

Religião
Segundo o último censo feito em 2002, 7.853.428 dos chilenos de 15 anos ou mais se declarou católico, o que equivale ao 69,96% da população total. O 15,14% da população se declara evangélica, 1,06% testemunha de Jeová, 0,92% mórmon e 0,13%, judeu. O 8,3% das pessoas se declararam ateu ou agnóstico, enquanto 4,39% declararam praticar outra religião.

Costumes
Festas: O Chile é um país de festas, que são de dois tipos principais: aquelas de caráter religioso e as de aniversário das cidades e povoados, realizadas maiormente no verão. Há muitas festas ao longo do país, porém, destaca o rodeio, no qual dois “huasos” a cavalo, seguem e apressam um novilho, numa das festas camponesas mais representativas do Chile. Os dias 18 e 19 de setembro são especiais. Nesses dois feriados nacionais se comemora a Primeira Junta de Governo, realizada em 1810, e que foi a gênese da independência nacional, e as Glorias do Exercito, respectivamente. Nestas datas, realizam-se uma série de festas populares em parques ou outros lugares onde se instalam vários postos chamados “ramadas” com comida típica e danças tradicionais.

Coloridas festas religiosas, de raízes aymaras, incas e católicas, abundam na zona norte do país, no deserto de Atacama e nos povoados do altiplano. A mais famosa dessas festas é a festa de La Tirana. Também em Chiloé (puxada de casas), em angras de pescadores (festa de San Pedro), em cidades como Valdivia (semana valdiviana) ou Valparaíso (grande festa de fogos artificiais e barcos iluminados o dia 31 de dezembro), nos campos da zona central (festa da trilha) e nos vales produtores de vinho (festas da vindima).

Comidas: No Chile é comum tomar um café-da-manhã simples, um almoço mais abundante, e uma "onze" ou hora do chá, que se faz entre as 5:00 e às 6:00 horas da tarde e que muitas vezes substitui ao jantar. O pão é uma parte muito importante da alimentação dos chilenos, e os mais populares são as hallullas, as dobladitas e as marraquetas, também conhecidas como pão francês.

Entre os pratos locais mais conhecidos estão: a cazuela (abundante ensopado de carne de bovino ou de ave que inclui um pedaço de abóbora, uma batata, um pedaço de milho, feijão verde e arroz), os feijões velhos com rédeas (as rédeas são fidelinhos), as humitas (milho cozido e moído, condimentado com cebola e embrulhado nas folhas do milho), a torta salgada de milho (parecido as humitas mas cozido no forno em panelinhas de argila cozida, peças tradicionais do artesanato da zona central do Chile) e as empanadas de pino (massa recheada com carne, cebola, ovo cozido, passas e azeitonas) ou de mariscos, além de abundantes pratos baseados em peixe e mariscos frescos; e o curanto de Chiloé (carne de bovino, porco e frango com mariscos colocados em capas embaixo da terra, cobertos com folhas de uma prata chamada nalca e cozidos ao vapor).

Na comida do dia a dia chileno, os ingredientes mais populares são as carnes e os mariscos, o arroz, as batatas e a abóbora, a cebola e o alho, os tomates e verduras verdes como a alface, o coentro e a salsa. Os condimentos mais utilizados pelos chilenos são o aji, o aji color (tipo paprika) o alho e o cominho. O merkén, típico condimento mapuche que consiste num tipo de aji chamado “cacho de cabra" por seu tamanho, secado ao sol, afumado e moído, condimentado com sementes de coentro, tem-se tornado bastante popular. Hoje em dia é um produto de exportação.
Entre as bebidas destacam o vinho, o pisco (destilado de uva) e a chicha (fermento artesanal de maçã ou uva). De sobremesa, o mote (trigo cozido) com huesillos (pêssego desidratado em calda). Dentro dos sanduiches, especialidade chilena, existe uma enorme variedade de tipos e nomes: o chacarero, carne com tomate, feijões verdes e aji (opcional), os lomitos, derivados das tradições dos colonizadores alemães (carne de porco cozida, com maionese, abacate, tomate ou chucrute), os tradicionais Barros Jarpa (presunto e queixo na chapa) e o Barros Luco (churrasco de bovino com queixo derretido). Os nomes dos últimos estão relacionados com personagens políticos de começos do século XX e os completos, versão popular chilena aumentada e corrigida dos cachorros quentes norte-americanos (lingüiça, maionese, tomate picado, abacate, chucrute).

Esportes: O rodeio é o esporte nacional (não está comprovado se o mais popular é o rodeio ou o futebol), que se pratica numa areia (similar a uma praça de touros, mas de menor tamanho) onde dois huasos a cavalo apressam novilhos somando pontos.

O futebol, porém, é o tema do dia e concentra a atenção dos noticiários locais. Os clubes mais populares a nível nacional são Colo-Colo, Universidade do Chile e Universidade Católica, embora existam equipes locais ao longo de todo o Chile, em cidades, povoados e bairros, todos eles com fervorosos torcedores.

Artesanato: O mais conhecido pelos turistas é aquele feito com lápis-lazúli, pedra semipreciosa de cor azul, que é retirada desde a pre-cordilheira na região de Coquimbo. Embora bastante industrializado, o trabalho com esta pedra se mostra em jóias e enfeites com figuras de animais, jarros e mosaicos. O lápis-lazúli existe somente no Chile e no Afeganistão.
Mas o Chile tem artesãos em todo seu território, que criam peças de alto valor cultural e artístico em tecido de lã (de alpaca, vicunha e ovelha), argila cozida, pedra vulcânica, jóias de crina de cavalo tingida, talhados em madeiras nativas e objetos de metais como cobre e prata. O artesanato chileno autóctone é um dos poucos que ainda mantém técnicas de fabricação tradicionais, tingidos com tinturas naturais de raízes e frutos e trabalho completamente manual.

Idiossincrasia
A idiossincrasia são os rasgos, temperamento, caráter e outros elementos distintivos e próprios de um individuo ou de uma coletividade. Sob essa premissa, é possível caracterizar aos chilenos como pessoas solidárias, amáveis e bem intencionadas com os estrangeiros. Em situações de grandes desgraças nacionais como terremotos ou como o caso dos 33 mineiros, o espírito nacional foi de união e solidariedade.
Igualmente, os chilenos têm um grande respeito religioso, que é evidente nas grandes celebrações dedicadas à Virgem Maria, no caso dos católicos, ou nos cultos dos evangélicos. Assim mesmo, existe respeito pelas instituições publicas, policiais e econômicas. Apesar de que por muito tempo, o Chile foi considerado um dos países mais conservadores da América do Sul, durante as ultimas duas décadas -junto com o crescimento econômico sustido e uma maior apertura ao exterior- a sociedade tem se aberto às minorias religiosas e sexuais.
Os chilenos são pessoas que se reúnem em família ou com amigos a celebrar por qualquer motivo, as desculpas não faltam. Embora o sistema econômico-social de hoje em dia parecesse valorizar mais o externo do que o interno (status social, marcas de roupa e de carros, bairro onde se mora, nível de acesso a bens de consumo e nível educacional segundo estratificação social dada pelo prestigio social dos colégios e das universidades) os chilenos em geral apreciam com orgulho, todos por igual, a geografia e a natureza do país, e consideram à Cordilheira dos Andes, à Ilha de Páscoa, o Deserto de Atacama, os lagos e vulcões, as angras de pescadores, a ilha de Chiloé e a Patagônia como o mais representativo da nacionalidade. E especialmente reconhecem e valorizam o espírito coletivo, lutador, solidário e otimista frente às dificuldades que apresenta a natureza, as que por causa da topografia (viver pendurado entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacifico) e da situação com respeito às placas de Nazca e Sul-Americana, são muitas e muito freqüentes.

Dentro dos rasgos negativos, existe uma forma tradicional de fazer as coisas, “à chilena”, que significa a ultimo momento ou provisoriamente. É uma característica de improvisação, de afrontar os problemas com a solução do momento -muitas vezes com muita criatividade e engenho- mas com pouca visão de futuro. Porém, esta característica está mudando muito rapidamente e está gerando-se um sentido de compromisso que está sendo referendado pelo grande prestigio econômico e social que tem o Chile no estrangeiro.
Fazer as coisas “à chilena” cada dia significa mais fazê-las bem, com seriedade, eficientemente, com cumprimentos de prazos e exigências de qualidade internacional. Isso fica demonstrado pelos produtos de exportação chilenos e os investimentos chilenos em indústrias, serviços, tecnologia, comercio e agroindústria no estrangeiro.

Vestuário
No Chile, o vestuário é maiormente casual, exceto em situações sociais formais ou em reuniões de negócios. Recomenda-se utilizar roupa grossa, de abrigo, impermeável nas épocas de outono e inverno e mais leves durante a primavera e o verão.
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